Pós-AVC: como lidar com as sequelas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes
Entenda o que é o AVC, as causas das sequelas e os tratamentos mais eficazes para a reabilitação no pós-AVC
O acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, seja por um bloqueio (AVC isquêmico) ou rompimento de um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico).
Assim, essa interrupção priva as células cerebrais de oxigênio, causando danos que podem resultar em sequelas motoras, cognitivas e sensoriais, dependendo da área afetada.
Quais são as sequelas pós-AVC?
As sequelas variam de acordo com a gravidade do AVC e a rapidez do atendimento médico. Mas as principais sequelas incluem paralisia ou fraqueza em um lado do corpo, dificuldades na fala, perda de memória, problemas de visão e alterações no comportamento.
Essas condições surgem porque a falta de oxigênio danifica áreas específicas do cérebro responsáveis por essas funções. Sendo assim, a recuperação depende da plasticidade cerebral, ou seja, da capacidade do cérebro de reorganizar suas funções.
De acordo com a neurocientista e pesquisadora do Hospital das Clínicas do grupo de distúrbios de movimentos da Faculdade de Medicina da USP, Carolina Souza, a reabilitação no pós-AVC é um processo multifacetado que visa ajudar o paciente a recuperar o máximo possível das funções perdidas ou comprometidas pelo derrame: “A reabilitação é sempre um processo personalizado, variando de acordo com a gravidade do AVC e as áreas do cérebro afetadas”, afirma a neurocientista.
Quais são os tratamentos indicados pós-AVC?
Os tratamentos para minimizar as sequelas incluem fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.
A fisioterapia é fundamental para restaurar a mobilidade e fortalecer os músculos, enquanto a terapia ocupacional ajuda os pacientes modificarem as estruturas ambientais para facilitar as tarefas do dia a dia.
Por outro lado, a fonoaudiologia foca na recuperação da fala e da deglutição. Além dessas terapias, medicamentos para prevenir novos AVCs e terapias psicológicas também são essenciais para a reabilitação.
Nesse sentido, um tratamento que vem se destacando devido aos seus resultados eficazes, principalmente para a reabilitação motora e cognitiva é a neuromodulação não invasiva.
As duas técnicas mais comuns são: Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) que utiliza campos magnéticos para estimular áreas específicas do cérebro, ajudando na recuperação motora ou cognitiva e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (tDCS) que envolve a aplicação de correntes elétricas fracas para modular a excitabilidade neuronal, facilitando a recuperação de funções.
Reabilitação e melhora da qualidade de vida
Decerto, as chances de melhora das sequelas de um AVC variam amplamente de acordo com diversos fatores, incluindo a gravidade do acidente vascular cerebral, a área do cérebro afetada, o tempo de início do tratamento e a individualidade do paciente.
De acordo com a neurocientista Carolina Souza, para ampliar as chances de melhora, o ideal é que o processo de reabilitação comece de forma precoce: “Segundo os guidelines internacionais, o tratamento de reabilitação de sequelas do AVC com a neuromodulação não invasiva possui nível de evidência A nos primeiros 6 meses de tratamento (fase sub-aguda) e depois caí para B, ou seja, provavelmente eficaz, para casos crônicos”, conta a neurocientista Carolina Souza especializada em reabilitação motora e cognitiva.
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